segunda-feira, 20 de junho de 2011

Almanaque Digital de Tatuagem

Vale a pena dar uma boa olhada.....





Almanaque Digital de Tatuagem 23 no ar!
Capa: Emily van Houten
Matérias: Sérgio Pisani, Robson Santos, Duel Soares, Piotr Olejnik, Ulrich Krammer, Ivann Canteras, Ron Russo
Galeria Vip: Dirceu Soares, Franko Anglas, Danilo Scalco, Adrien Dorme
Girls: Monique Peres, Rita Takanashi, Alla Romazanova, Samez








quinta-feira, 16 de junho de 2011

A Caveira Mexicana


No mês de novembro comemora-se o dia dos mortos no México, diferentemente do Brasil, eles comemoram fazendo uma grande festa com direito à comidas e bebidas variadas e choro nem pensar! Para simbolizar as festividades, as caveiras eram decoradas de forma colorida para afastar os mal espíritos, daí a origem das caveiras mexicanas. Quanto mais enfeitadas melhor! 

Para os mexicanos as caveiras não são vistas como símbolo de morte, mas sim de vida, quando aproxima-se o dia dois de novembro as lojas e supermercados enchem-se de balas e doces em formato de esqueletos e caveiras.

Estes e outros motivos, levaram as caveiras a tornarem-se um dos ícones realmente mexicanos.


Trabalho feito no Juan, na Convenção BC Needles Fest de 2010 em Balneário Camboriú.


Trabalho feito na Fernanda, na Convenção BC Needles Fest de 2010 em Balneário Camboriú.

Trabalho feito no Rafael de Balneário Camboriú em Outubro de 2009


Trabalho feito na Regi de Blumenau em abril de 2011



Atualmente a caveira mexicana é muito tatuada, e é possível  enfeitar de inúmeras maneiras, dependendo a criatividade do artista.

Abaixo alguns sketchs de caveiras que desenhei para futuras tatuagens







quarta-feira, 15 de junho de 2011

La Catrina...


La Catrina ou Dama da Morte  (do espanhol: Dama de la Muerte).
Tatuagem feita no Diego da loja " De Putta Madre Skateshop " aqui de Blumenau.

  Na cultura popular mexicana, La Catrina, popularizada por José Guadalupe Posada, é um esqueleto de uma dama da alta sociedade. É uma das figuras mais populares da Festa do dia dos mortos no México.

   É muito comum durante as festividades as mulheres mexicanas usarem este tipo de pintura facial para celebrar o Dia dos Mortos, que é uma das festas mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mortos, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar.

  Para os antigos mexicanos, a morte não tinha as mesmas conotações da religião católica, na qual as idéias de inferno e paraíso servem para castigar ou premiar. Pelo contrário, eles acreditavam que os caminhos destinados às almas dos mortos era definido pelo tipo de morte que tiveram, e não pelo seu comportamento em vida.


Tatuagem feita durante a Convenção de Rosário na Argentina em Setembro de 2009.


Sobre José Guadalupe Posada,  foi um gravurista e cartunista mexicano. Foi considerado por Diego Rivera (um dos maiores pintores mexicanos) como o protótipo do artista do povo e seu defensor mais aguerrido. Também é considerado precursor do movimento chicano de artes plásticas. Célebre por seus desenhos e gravuras sobre a morte. Apaixonado pela caricatura política. Desenvolveu novas técnicas de impressão. Trabalhou e fundou periódicos importantes. Consolidou a festa do dia dos mortos, por suas interpretações da vida cotidiana e atitudes do mexicano por meio de caveiras atuando como gente comum.

O Nascimento da Vênus de Sandro Botticelli representado por José Guadalupe  Posada.
Don Quijote por José Guadalupe Posada.




terça-feira, 14 de junho de 2011

Breve História da Tatuagem



Rebeldia, personalidade, História. Essas podem ser uma das poucas palavras que podem definir o significado da tatuagem entre nós. No contexto da sociedade contemporânea, o individualismo induz muitas pessoas a fazerem de sua pele o local do registro de idéias, valores ou da simples vaidade. Um dos mais conhecidos registros que se tem sobre as tatuagens é do capitão inglês James Cook, quando o mesmo tentava entrar em contato com os nativos do Taiti. 

O povo daquela região designava o hábito de pintarem definitivamente a pele de “tatau”, por conta do barulho produzido pelos instrumentos utilizados na confecção de suas tatuagens. No entanto, não podemos dizer que eles foram os primeiros a desenvolverem esse tipo de hábito. O homem de Ötzi, com cerca de mais de 5300 anos, fazia inveja a qualquer aficcionado por tatuagens dos dias de hoje. Em seu corpo foram encontradas mais de cinquenta tatuagens que, de acordo com alguns estudiosos, tinham significações religiosas.


 A prática da tatuagem também foi registrada entre os egípcios e os pictos, uma civilização antiga do Norte da Europa. No Brasil, diversas tribos indígenas traziam tatuagens pelo corpo. Os waujás e os kadiwéus são alguns dos povos indígenas que utilizavam da pintura definitiva para expressarem rituais de passagem e reverência a alguns elementos da natureza. Apesar da existência da tatuagem, esse hábito não se popularizou por conta das culturas indígenas. 


Foram os marinheiros ingleses, por meio do contato com os polinésios que difundiram essa prática pelo mundo. A reprodução de feras do mar, caveiras e embarcações demonstravam as aventuras desses homens que se lançavam pelo mar. Sendo os mesmos sujeitos de pouca condição financeira ou influência social, fizeram da tatuagem algo popular entre os guetos, prostíbulos e tavernas frequentadas pela “escória”, ou seja, desocupados, lutadores de rua, criminosos e prostitutas.


 Esse tom marginal dado à tatuagem também fazia com que corpos tatuados fossem presença garantida nas atrações circenses dos chamados freak shows. Foi somente na segunda metade do século XX que a tatuagem incorporou os ideais da cultura ocidental. O seu tom contestatório ultrapassou barreiras tornando-se um símbolo de ousadia e personalidade. 


Motivações íntimas, delicadas e suaves também incorporaram o mundo das tatuagens. Homens e mulheres de mais idade hoje também tatuam seus corpos. Ela deixou de ser um item exclusivo de uma cultura jovem para tornar-se uma via de expressão da subjetividade.





Fotos Deda Silveira.